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Vou fazer um resumo de todos os pitons que existem para as solas convencionais, ou seja, sola FG (para relva natural ou artificial de última geração) e solas SG (para relva natural). Não vou entrar em detalhes sobre todas as possibilidades que as solas específicas oferecem (Turf, AG, Artificial Grass, HG, etc, etc...).
Até há não mais de 10-15 anos, todos os pitons eram cónicos, fossem eles FG ou SG, pitons com um diâmetro ligeiramente mais superior na base do que na zona da ponta:
- Pitons de alumínio cónicos (para chuteiras de seis apoios)
- Pitons de borracha cónicos (para chuteiras com mais de 10 apoios)
Como variação deste tipo de pitons, na Argentina começaram a utilizar um tipo de pitons cujo diâmetro na zona da ponta é especialmente mais pequeno do que nos pitons cónicos convencionais. Quando foram exportados para o estrangeiro, ficaram conhecidos popularmente como "pitons argentinos" e são os mais procurados pelos futebolistas profissionais. Tanto para as solas SG como para fazerem as suas chuteiras mistas.
- Algumas marcas como o caso da Nike já começaram a utilizar estes pitons para as suas solas:
Na década de 90 começou a surgir um novo tipo de pitons, que em vez de serem cónicos, eram alongados, e o que procuravam era que cada pitão tivesse tração numa direção específica. A face mais ampla dos pitons está orientada para diferentes direções. Essa face é a que proporciona tração à sola. Os pitons centrais servem para tracionar em arranques e travagens. Os pitons laterais são para as mudanças de direção.
A adidas, que foi a primeira marca a utilizar este sistema, denominou o pitão como Traxion. Mas pouco a pouco, mais marcas começaram a incorporar este sistema com diferentes nomes. Os pitons Traxion também podem ser FG ou SG, dependendo da dureza do terreno.
A adidas lançou um modelo que denominou Hybrid e que combinava os dois tipos de pitons, a base era alongada e a ponta cónica. Assim, conseguiam um bom coeficiente de penetração graças à ponta e mais tração graças à base alongada.
Começou a ser para as chuteiras que a adidas enviava para os profissionais e acabou por incorporar o sistema nas chuteiras comerciais, até agora apenas se viu nos pitons SG.
Pouco depois nasceram as chuteiras especializadas para diferentes perfis de jogadores, entre as quais se destacavam as dos jogadores que procuram explorar a sua velocidade ao máximo. O estudo das solas destes jogadores é crucial, e aí a Nike foi quem deu um passo à frente com os pitons em triângulo. São três pitons alongados extremamente finos unidos por um dos seus extremos, para obter três posições de tração por cada pitão:
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Outra inovação da marca americana pensada para jogadores específicos é a sola para jogadores de meio-campo. Jogadores que rodam habitualmente sobre um pé de apoio e precisam de ter um certo índice de rotação e que também utilizam a sola como zona de contacto com a bola, ou seja, pisam a bola como parte do seu jogo. Assim nasce a disposição especial de pitons da CTR 360:
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E por último, como curiosidade em relação aos pitons, a adidas lançou um novo sistema de pitons Traxion (que denominou Traxion 2.0 e que atualmente equipam as F50 adiZero e que no futuro também estarão nas Predator), que em vez de serem alongados, têm uma base triangular, conseguindo assim três zonas com uma maior superfície de tração, em vez das duas habituais nos pitons alongados. Como curiosidade, reparem que estes pitons normalmente são acompanhados por um pitão central com quatro arestas, que serve como ponto de rotação e como elemento de máxima tração, já que, seja qual for o movimento que estejamos a fazer, o pitão do centro recebe quase sempre a carga:
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