Hoje é um dos dias mais importantes para a Nike, o dia de levantar o véu sobre a sua mais recente geração das novas Mercurial. Depois de esse lançamento da sua última geração, as chuteiras Nike Mercurial Vapor XIII e Superfly VII em Julho de 2019, a marca norte-americana que depende muito das vendas e do alcance a nível de marketing deste seu modelo chave, volta a atacar o mercado das chuteiras de futebol com a apresentação daquela que seguramente vai ser o modelo líder nas vendas de chuteiras de futebol um pouco por todo o planeta durante os próximos meses.
Chuteiras Nike Mercurial Dragonfly
Pelas imagens já podemos ver e deduzir que estamos perante um lançamento de uma versão “disruptive” devido ao colourway (esquema de cores) mais ousado que a Nike escolheu para este lançamento. A nível do design a marca norte-americana escolheu para as suas novas chuteiras de futebol Nike Mercurial Dragonfly uma parte superior predominantemente de cor branca, mas com um grande destaque nos laterais externos devido à relevância que se dá ao contorno duplo de cor mais escura no Swoosh aí colocado. O nome escolhido para o lançamento desta nova versão das Mercurial, está diretamente ligado à maneira como as chuteiras foram desenvolvidas e fabricadas. A transparência de todos os seus elementos e as cores escolhidas e também o seu principal motivo, o da velocidade, assentam como uma luva nessas libélulas que estamos acostumados a ver voar a grandes velocidades por esses campos fora.
Design
Apesar parte superior destas novas chuteiras Nike Mercurial Superfly 8 / Vapor 14 ter como cor principal o branco, é ainda possível destacar outras cores em parte devido à sua construção mais transparente. O lote dessas cores que aí podemos identificar vai desde o amarelo localizado na frente até ao roxo, rosa e laranja. Os Swoosh localizados nos laterais externos assumem grande importância no que diz respeito ao design desta nova chuteira, já que o mesmo é maior e muito mais ousado do que aquele apresentado na geração anterior.
Tecnologias
Desde o lançamento dos modelos mais recentes de chuteiras de velocidade por parte das principais marcas rivais da Nike, eu estava à espera que o principal objetivo da Nike para a próxima geração das suas Mercurial era melhorar o seu grip, fit e estabilidade para assim obter ainda mais velocidade e oferecer a todos os seus usuários uma melhor performance num dos aspetos cada vez mais importantes do futebol moderno.
Apesar de ainda contarmos com uma construção de 360º na parte superior desta nova geração, vemos em como estas novas Mercurial quando comparadas com a geração anterior parecem ser muito mais rígidas quando analisadas à primeira vista. Esta nova parte superior foi onde a Nike inseriu grande parte dos seus esforços para melhorar, modernizar e assim aumentar a performance desta chuteira Nike. Apesar daquilo que muitos de vocês podem já estar a pensar, o Flyknit não desapareceu por completo, esse material insígnia das chuteiras da marca norte-americana continua bem presente nesta nova geração Mercurial, no entanto foi suprimido a uma única localização: Peito do pé e zona do calcanhar. Já que quase não contamos com Flyknit nesta nova Mercurial, e em boa parte é por isso que à primeira vista esta chuteira parece ser muito mais rígida do que a sua anterior versão, do que é que esta nova parte superior está fabricada? Pois o trabalho de desenvolvimento desta nova parte superior tem um nome e é: Vaporsite Upper ou Technical Componentized Upper (nome mais técnico).
Technical Componentized Upper
Talvez estejamos perante o nome mais complexo atribuído pela Nike a uma das suas tecnologias. Não tanto pelo seu comprimento ou pela sua tradução literal: Componente Técnico Superior, mas sim pela conjugação perfeita dos quatro materiais que a Nike aqui utilizou. Sim são QUATRO, os diferentes tipos de materiais/tecnologias que compõem esta nova tecnologia que revolucionou por completo esta nova geração Mercurial. Parte desta nova tecnologia é o aparente design mais fora do normal que percorre toda a parte superior, já que a mesma vem com uns orifícios desde da sua biqueira até à zona onde está localizada o calcanhar e contra-forte. Em boa parte parte todos esses orifícios foram inseridos para melhorar a respirabilidade e reduzir o peso da chuteira e ao mesmo tempo manter a estabilidade que tanto procuramos.
Para melhor entendermos os orifícios temos que decompor este Technical Componentized Upper. O mesmo é formado por quatro diferentes tipos de material. Começamos com Avail Q Lining Material e o Titan Synthetic. Ambos materiais considerados como fulcrais nesta chuteira já que em conjunto aportam à chuteira o formato mais adequado que a Nike procurou com esta nova geração, assim como também uma maior impermeabilidade apesar dos orifícios que apresentam e também uma grande elasticidade. Isto tudo mesmo apesar da rigidez que se possamos sentir inicialmente a nível interno.
Os restantes dois materiais são o Engineered Mesh, um material super resistente e que além da leveza e respirabilidade que passa a este modelo, também adiciona a esta nova geração uma redução significativa do seu peso. E terminamos ainda com o Duragon WT Skin, que não é nada mais nada menos que o novo material que cobre por completo toda a parte superior desta nova tecnologia e que permite assim obter como consequência um maior grau de impermeabilidade, sem aumentar o seu peso e sem perder nenhum ponto percentual no que diz respeito ao seu grip aquando do contacto com a bola.
Sola
A sola da nova geração destas novas Mercurial também sofreu uma pequena revolução. Apesar de que na sua anterior a falha que vinha do anterior modelo ter sido corregida e assim termos obtido uma maior durabilidade da sola e uma grande melhoria na estabilidade e grip da chuteira, a marca norte-americana decidiu aumentar e melhorar essa já grande pontuação que tinha nesse pormenor.
A sola continua a ser uma sola modular de duas peças (frontal e traseira) – Aerotrak 2 Plate, mas deixa de ser independente, já que agora ambas as peças estão ligadas por uma pequena ponte que as une, e que faz com as mesmas trabalhem em conjunto para aumentar esse grip tão necessário para os nossos arranques e travagens, assim como também a nossa estabilidade durante todos os movimentos que realizemos em campos. De realçar ainda que o contraforte interno também foi tocado, ou neste caso recém-desenvolvido para melhorar o fit quando colocamos os nossos pés dentro das chuteiras e assim também evitar os tradicionais roll-over que possam ocorrer durante os nossos treinos e/ou jogos.
E estas são as novas Mercurial DragonFly. Para mais info não percas o playtest desta chuteira que estará subido ao nosso canal de Youtube dentro de poucos dias. Não esqueças também que a nova geração das Nike Mercurial estarão à venda dentro em breve (1 de Fevereiro de 2021) na futbolemotion.com/pt