Não há melhor sensação do que estar a jogar e esqueceres-te da chuteira que estás a usar. Com este guia, queremos ajudar-te a escolher a melhor chuteira possível, para que te "esqueças" de que a tens calçada. Para isso, vamos falar de vários aspetos chave.
A forma
Começamos por falar da forma, que está diretamente relacionada com o conforto que sentimos ao usar a chuteira. Todos temos um tipo de pé diferente e, por isso, não devemos escolher a chuteira com base nas cores ou porque é usada por algum futebolista de quem gostamos, mas sim pelo conforto que nos proporciona.
Para isso, as marcas oferecem chuteiras com formas diferentes, dependendo do modelo. Algumas têm uma forma mais larga, enquanto que outras têm uma forma mais estreita. Assim, se tens o pé largo, o mais natural é que te sintas mais confortável com uma chuteira de forma larga. Pelo contrário, se tens o pé estreito, deves optar por uma chuteira de forma estreita.
Por exemplo, dentro da adidas, as chuteiras de forma estreita seriam as adidas F50; de forma neutra, ou seja, nem muito larga nem muito estreita, podes optar pelas adidas Predator; e umas chuteiras um pouco mais largas poderiam ser as adidas Copa.
Gamas
Para escolher as chuteiras, temos de ter em conta a quantidade de usos e jogos que vamos ter. Jogar na terceira divisão com quatro treinos por semana e jogos, não é o mesmo que jogar apenas ao domingo com amigos.
Tendo isso em conta, as marcas têm vindo a desenvolver cada vez melhores gamas médias e baixas. Assim, para quem procura uma chuteira mais económica, já que não joga a um nível muito elevado, há excelentes alternativas. Um ótimo exemplo são as New Balance Furon, que oferecem sensações e toques incríveis para o preço, aproximando-se muito do que encontramos nas gamas de elite.
Sola
Temos um guia de solas onde explicamos este tema ao detalhe. Podes consultar o artigo completo aqui. No entanto, o mais importante a ter em conta é que a escolha da sola vai depender, antes de mais, do tipo de terreno onde jogamos.
Uma vez que isso esteja claro, temos diferentes tipos de solas de acordo com os apoios ou ações que fazemos em cada jogo ou treino. Por exemplo, existem solas com pitons em forma de seta, como nas Mercurial, que favorecem a tração à máxima velocidade. Por outro lado, as Nike Tiempo têm pitons mais cónicos e menos agressivos, que proporcionam uma maior estabilidade aos jogadores que fazem muitas rotações e que procuram um apoio mais estável.
Diferentes conceitos dentro das próprias solas FG, adaptados aos diferentes tipos de jogadores e jogadoras.
Material da parte superior
É muito importante considerar o material da parte superior, já que é com ele que tocamos na bola. Existem vários materiais disponíveis, como pele, materiais sintéticos ou knit.
A pele é o material clássico das chuteiras, e é verdade que se vê cada vez menos chuteiras de pele. No entanto, não podemos deixar de destacar a Mizuno como uma marca de referência neste campo, pois a pele que a marca japonesa utiliza é simplesmente top.
No caso do knit, temos chuteiras como as Mercurial, que são muito leves e replicam a sensação de usar uma meia com pitons. Por outro lado, as chuteiras sintéticas são um pouco mais estruturadas e pesadas, como por exemplo as adidas Predator.
E por fim, temos modelos mistos, como as Puma Future, que mistura knit e microfibra sintética em algumas áreas, oferecendo um mix que pode ser muito bom para alguns jogadores e jogadoras.