Historicamente, este é um duelo que vemos praticamente em todos os jogos, uma vez que muitos dos melhores futebolistas usam adidas F50 ou Nike Mercurial. Neste post, vamos centrar-nos em vários aspetos chave de cada chuteira para determinar qual é que é melhor para cada um de vocês.
Parte superior
A parte superior é um tema importante, pois está diretamente relacionada com o toque que teremos com a bola e com o conforto que sentiremos ao calçar a chuteira. Neste caso, temos dois materiais sintéticos.
Para a Nike Mercurial, temos o gripknit, que é um material que nos proporciona um grande ajuste, com um toque "pegajoso" na parte da frente, recriando realmente aquela sensação de meia que tanto adoramos.
Por parte da marca alemã, temos um upper sintético que no inicio é algo duro, mas que vai amolecendo com o uso e nos proporciona uma chuteira realmente confortável.
Assim, nas primeiras utilizações, notaremos uma parte superior mais confortável e com um pouco mais de grip por parte da Mercurial, enquanto que a adidas terá uma parte superior mais minimalista e justa, que precisará de vários usos para se adaptar ao nosso pé. Talvez aqui haja um pequeno ponto a favor das Mercurial, por ser mais suave desde o primeiro momento.
Ajuste e conforto
Ao passarmos para este ponto, primeiro temos de esclarecer que é algo muito pessoal e que depende do pé de cada um. Depois de deixar isto claro, ambas contam com um ajuste justo ao pé e bastante confortável.
Se nos centrarmos nas Mercurial, temos um ajuste ao pé um pouco mais apertado, uma vez que o knit proporciona esse corte justo e aderente. Além disso, este novo material é algo mais suave do que nas gerações anteriores e permite que, mesmo tendo o pé mais largo, possamos usar as Mercurial.
As adidas são um pouco mais largas e a camada intermédia proporciona um encaixe chuteira-pé muito, mas muito bom, sendo um pouco mais folgada na parte da frente, mas com um excelente ajuste.
Talvez o ajuste inicial seja um pouco mais maleável nas Nike, mas se tens o pé um pouco mais largo, pode ser que te sintas mais confortável com as F50, já que estas oferecem mais espaço na parte da frente, devido à própria forma da chuteira. Amigos e amigas, esta é uma escolha muito pessoal. Como ponto extra, temos de comentar que na adidas existem mais versões que se podem adaptar a diferentes tipos de pés, pois temos opções sem cordões com a tecnologia Lightstrike e outra versão Plus sem esta tecnologia, oferecendo três alternativas na gama alta que nos dá aquele extra em termos de ajuste.
Sola
E chegamos, talvez, ao ponto mais importante de uma chuteira de velocidade, que é a sola. Ambas têm uma tração muito agressiva, porque procuram extrair a máxima velocidade de cada sprint que fizermos com elas nos pés. No entanto, temos duas interpretações diferentes do mesmo conceito.
Por parte da adidas, temos uma sola com pitons em tríade e vários pontos de aderência, com pitons mais baixos (que são bons para jogar em vários tipos de superfícies) e com uma reatividade muito, mas muito boa, com pontes estabilizadoras.
Por parte da Nike, temos uma placa com “Air Zoom”, uma tecnologia que vem diretamente de outros modelos da marca americana, que nos proporciona aquele ressalto a cada passada, para além de uma excelente reatividade. Os pitons são realmente agressivos na sua versão FG.
Em suma, se procuramos uma tração realmente agressiva, talvez a Mercurial esteja mais nessa linha, enquanto que a F50 oferece uma sola mais polivalente, tanto em largura como em distribuição e altura dos pitons.
E assim termina a comparação entre as duas chuteiras mais rápidas da Nike e da adidas. Talvez as Nike apresentem um conceito mais agressivo e imponente no que toca à velocidade, com uma placa muito agressiva e um ajuste justo e "pegajoso" / aderente, enquanto que a adidas oferece uma chuteira que traz um toque minimalista das chuteiras de velocidade de antigamente, com uma placa mais polivalente e um toque suave e elegante. É uma tarefa complicada escolher uma, pois gostamos muito de ambas. Quais comprariam?