Entrevista a Max Blau sobre as Mercurial Vapor 360

Entrevistamos o vice presidente da Nike Global Calçado  e deixa-nos toda a história do desenvolvimento das novas Mercurial 360.

04 Abril 2018 - Escrito por Tiago Gomes Gonçalves

Ficha

Max Blau ||  Vice presidente da Nike Global Calçado

- Qual o caminho da Nike ao introduzir o design 360 e a nova sola modular nas Mercurial?

- Este é o projecto que nos aproxima mais ao objectivo final de criar um producto que realmente pareça uma segunda pele. Já que não podemos desenhar de novo o corpo humano para que seja anatomicamente perfeito para a prática do futebol, continuamos a trabalhar no sentido de atletas terem ao seu alcance o mínimo de distrações possível nos produtos, e assim foi como tudo começou nas Mercurial 360. Um dia decidimos por sobre a mesa todos os modelos da saga Mercurial, e o que observamos foi, que existia uma evolução clara quanto à velocidade e aos materiais, mas o que realmente percebemos foi que para que realmente existisse um salto geracional, a chave estaria no ajuste. A conclusão que chegámos quando falamos com os jogadores é que o ajuste era muito importante, deixaram-nos bastante claro que enquanto a chuteira se ajusta melhor, maior sensação de velocidade têm, e de aqui surgiu a inspiração. Nas Mercurial 360, todos os componentes estão integrados como se de um Lego se tratasse. Vê-mos a palmilha e esta encaixa na perfeição na base da chuteira, ao mesmo tempo o Flyknit percorre toda a bota e por último a sola modular abraça o Flyknit como se fosse uma só peça. O que conseguimos com tudo isto foi minimizar a perda de transferência de força.

- Na Mercurial Vapor 3 foi pela primeira vez introduzido o Teijin, que se manteve até esta nova geração das Vapor de 2018. Qual a razão de retirar o Teijin e optar exclusivamente pelo Flyknit?

- Precisamente pelos pedidos dos jogadores para melhorar o ajuste. O Flyknit é um material que se adapta perfeitamente ao pé do jogador, muito melhor que os materiais sintéticos que utilizávamos. Sabemos que foi uma jogada que acarretava riscos, por esse motivo, introduzimos as Mercurial Vapor Ultra Flyknit como teste, um produto que funcionou e teve grande aceitação. Esta mesma aceitação deu-nos força e confiança para continuar com o projecto das Mercurial 360. 

Antes de começar a entrevista tentamos por à prova Max Blau e que nos dissesse qual era a sua Vapor preferida, e a Vapor 1 foi a escolhida...

- Que memórias tens desta chuteira?

- É uma das minhas preferidas porque, em primeiro lugar, nõa as pude ter. Quando sairam não tinha dinheiro para as comprar e realmente quando as vi pela primeira vez, parei por uns segundos e disse: "Não sei o que é isto, só sei que as quero"; E é algo que continuo a sentir, que continua a atrair-me, pela pureza e design deste producto, é super simples, super editado, é o que necessitas onde o necessitas, o resto dos componentes, fora. Sempre me atraiu muito a subtileza do design ondulado das Vapor 1, que parece a bota se movia sozinha. Como se pode observar a língua das Mercurial 360 é claramente inspirada nas Vapor 1, quisemos manter esse pormenor. Para além disso é a minha preferida pelos materiais, a simplicidade das cores e porque foi a primeira vez que vi um contraforte externo, e ainda por cima com 6 pitons, ao contrário do que era convencional. O peso desta chuteira foi algo que me impressionou, para aquela época era algo incrível.  

- Baseando-te numa comparação entra as duas Vapor (Mercurial Vapor 1 e Mercurial Vapor 360) e tendo em conta os 15 anos que as separam, o que nos preparará a Nike para o futuro?

- É uma boa pergunta, por certo, estou convencido que a equipa que trabalhou nas Vapor há 15 anos, quando as criaram pensaram: "Este é o máximo onde podemos chegar" ; e a verdade é que continuamos a avançar. No tenho nenhuma duvida que dentro de 15 anos os futuros trabalhadores que desenhem as Vapor observarão esta versão de 2018  e a versão como vemos agora as Vapor 1. O futuro reside em estar conectado com o público. com os jogadores e sobretudo com o futebol. Podemos perceber as possibilidades que existem, temos que estar muito actualizados ao nível das inovações em material e métodos de manufactura, e desta forma seguiremos avançando sem nenhuma dúvida.

- Por último, temos a sola Anti-Clog em todos os silos da Nike e temos nesta nova Mercurial solas bipartidas nas versões AG e FG, mas o mesmo não acontece na versão Anti-Clog, já que aparece com uma sola completa. Poderemos ver Anti-Clog numa sola bipartida?

- Sim. Está quase confirmado, vamos conseguir, mas ainda estamos em testes, para que seja um lançamento 100% seguro.

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