Desde o final de 2017 até à data, recordo pelo menos quatro incidentes parecidos com os vividos ontem na academia do Sporting em Alcochete.
Em Novembro víamos adeptos do Llile, em França, invadirem o relvado e a correr em direção ao jogadores numa autêntica perseguição e apesar da rápida intervenção dos elementos de segurança, existiram agressões aos jogadores.
Em Janeiro de 2018, cerca de trinta adeptos do Vitória Sport Clube, alguns deles encapuçados, entraram através de uma porta do parque de estacionamento numa sessão de treinos à porta fechada e chegaram a agredir alguns jogadores da equipa vimaranense.
E o caso mais violento, e quiçá o com maior repercussão, foi também em 2017 semanas antes do incidente com a equipa do Lille, desta feita também em Guimarães mas que teve como protagonistas os adeptos e jogadores do Marselha.
Antes do jogo a contar para a Europa League, adeptos do Marselha invadiram o terreno de jogo e protagonizaram cenas de confronto com os jogadores do clube francês, sendo que fica gravada na retina a famosas patada de Evra a um dos adeptos, jogador que ficou de fora das opções para esse jogo, sendo que nem no banco se sentou.
E claro está o último incidente foi vivido pelos jogadores e staff do Sporting Clube de Portugal, com cenas absolutamente incríveis e difíceis de digerir. Cerca de 50 adeptos entram na Academia de Alcochete munidos de tochas e materializaram a sua fúria nos jogadores do plantel principal e staff técnico.
Vale realmente a pena alimentar estas cenas deprimentes? Seja resultado de insatisfações com rendimento desportivo ou com qualquer outro motivo só desvirtuam o que realmente é o futebol, ou pelo menos o que deveria ser...ainda recordo os domingos de caminho ao estádio, com famílias inteiras animadas para ver um grande espetáculo, dispostas a celebrar a união através do desporto que mais apreciavam.
Confrontos entre grupos reduzidos de adeptos rivais, infelizmente sempre pudemos ver no futebol, mas ao parecer a moda é agredir os jogadores e staff da própria equipa.
Porque não passarmos a jogar antes futebol histórico fiorentino (Calcio Storico), acredito que neste momento é o desporto que melhor se adequa face aos últimos acontecimentos.