Parte superior

Material do corte das chuteiras

O material da parte superior determina o tipo de chuteira e o jogador a quem se destina. A escolha dos materiais afeta tanto o peso da chuteira, como a sensação ao entrar em contacto com a bola e, sobretudo, a capacidade de ceder para se adaptar ao pé.

Materiais naturais

São peles extraídas de gado. A pele mais valorizada é a de canguru, pois é a que oferece o melhor rendimento após ser tratada. É utilizada na gama alta e é altamente apreciada porque garante um excelente ajuste ao pé, com uma camada de pele muito fina, o que proporciona uma grande leveza, quase impossível de alcançar em outras chuteiras de pele natural. O facto de ser tão fina também limita a absorção de água. Para a gama média, a pele utilizada costuma ser a de vaca, uma pele mais grossa e menos flexível, que possui propriedades semelhantes às da pele de canguru, mas a um preço mais acessível.

  • As chuteiras de pele proporcionam o máximo ajuste ao pé cedendo nas partes que sofrem maior pressão.
  • O contacto com a bola é perfeito. Transmite uma sensação muito mais intensa de contacto ao chutar ou controlar a bola do que com qualquer outro tipo de material. Para além disto, faz com que a chuteira tenha muitos mais pontos de flexão do que uma feita com materiais sintéticos.
  • A pele absorve a água, o que faz com que o peso da chuteira aumente de forma considerável. 
  • É muito complicado criar uma chuteira leve usando materiais naturais.
Chuteiras de pele

Materiais sintéticos

Os materiais sintéticos dividem-se em dois tipos:

MICROFIBRAS SINTÉTICAS 
Começaram a ser utilizadas no final dos anos 90 como alternativa ao couro. Proporcionam vantagens como menor absorção de água, maior facilidade para aplicar cores e a redução do uso de materiais de origem animal.

KNIT 
Os Jogos Olímpicos de Londres apresentaram ao mundo um novo material para o calçado, que entrou com força em todas as disciplinas atléticas: o knit. A possibilidade de fazer as partes superiores das chuteiras com um tecido permite reunir, num único material, a flexibilidade do couro com a leveza das microfibras sintéticas. Em 2014, as marcas introduziram-no nas chuteiras para a Copa do Mundo do Brasil, mudando para sempre a forma de fabricar chuteiras. A partir daí, o knit tornaria-se uma das opções preferidas.

    • Peso reduzido.
    • Boa impermeabilização
    • Flexibilidade do material para se adaptar ao pé.
    • Opções cromáticas ilimitadas
  • O material não se adapta ao pé com o uso.
  • Pouco armação do pé no momento de contacto com a bola.
Chuteiras sintéticas